A crise no mundo

 A Crise Mundial dos Alimentos teve seu auge entre os anos de 2007 e 2008 e define-se como uma crise na produção e no nível dos estoques que gerou uma alta nos preços de diversos alimentos, como trigo, milho, arroz, leite, carne e soja.

Nos últimos três anos, o preço dos alimentos subiu em média 83%. Essa inflação tem impacto direto nas famílias pobres, especialmente aquelas de países importadores de alimentos e que gastam a maioria de sua renda com comida. As consequências já são sentidas e populações de vários países foram às ruas protestar. Parece que o problema é de escassez da oferta quando, na realidade, trata-se da injustiça distributiva global, já que produz-se alimentos em quantia suficiente para todos, mas muitos não têm acesso a eles.

No mundo todo, estima-se que 800 milhões de pessoas convivam com a fome. A alta dos preços é a face mais visível de um conjunto de fatores que, historicamente, promovem a exclusão social e a violação do direito humano à alimentação.

Por ser uma forma insustentável de produzir e consumir, o atual modelo está gerando conseqüências que começam a assustar as minorias dos países ricos, e a insegurança alimentar virou uma questão global.